sábado, 15 de janeiro de 2011

VOANDO...


VOANDO...


Além do tempo, além do horizonte
Voando de cabelos ao vento
Sem que ninguém me afronte
Entro no teu pensamento

Com a certeza de entrar na pura fonte
Do teu desejo nesse momento
Além do tempo, além do horizonte
Voando de cabelos ao vento

Dispo-me antes que o sol desponte
Na cumplicidade do orvalho sonolento
Que com o luar me beija a fronte
Vejo nos teus olhos o arrebatamento
Além do tempo, além do horizonte.


Lully

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

MISTÉRIOS DA POESIA


MISTÉRIOS DA POESIA



Queria saber mistérios da poesia,
Mas me preocupo muito em errar
Vejo ao meu redor, poetas em fantasia
Escrevendo sonetos de se admirar.

Sílabas poéticas passo a contar
Me perco e confundo a sincronia;
Como fazer a inspiração falar
Sem derrubar a métrica e a sintonia.


Difícil é pintar o céu de anil
Ver voar no papel os nossos versos
Como nuvens no amor primaveril.

Erros também saem do coração
Falando da paixão pro universo
Que importa se certos, ou se não são.


Lully

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sonho


Sonhei!

Sonhei dormindo,

sonhei acordado,

sonhei longe, e ao teu lado.


Sonhei que te admirava olhando-te nos olhos

Acariciando-te a pele, presenteando-te com um sorriso

para que ao fechar de tuas pálpebras, lembrar-te de mim!

Quero, contudo, apenas te provocar o libido,

cochichar ao pé do teu ouvido, falar sobre o beijo lambido,

e do teu sexto sentido que antevia o abraço

e do teu aconchego no meu braço.


Ao acordar dessa viagem ou seria dessa orgia?

De sonhos, prazeres e realidades imagináveis...

Vi que o mundo não se resumia a nossa folia

e não é feito apenas de poesia,

também é lugar de gente egoísta, gente feia e fria.

De gente que vive de impedir a felicidade alheia

e também e a alegria.


Vou deitar-me novamente

e sonhar que em teu ventre

plantarei uma vivida semente,

que mudará o mundo, ou ao menos a vida da gente.


Edson Carvalho Miranda

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PALAVRAS...


PALAVRAS...


Se tu ficas em silêncio
Embora teus olhos mendiguem
Palavras que ainda abriguem
Um toque de amor macio.

Hoje as palavras não ditas
São de um amargo veneno
Que mata e eu me condeno
Embora tu não admitas.

Jogamos fora tal papel
Como pedras amassadas
São ilusões abandonadas
Tão amargas quanto fel.

E amanhã onde o meu verso
Sem os desejos de ti
Parte como um colibri
No meu poema tão disperso.


Lully