segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Tributo à amizade.




Mais um ano, um passado que se fez, e se consolida como nossa historia, como nossa historia de vida, um futuro que se vislumbra e um presente em viver mais uma festa em comemoração ao nascimento do Menino Deus, Menino esse que, nunca podemos esquecer, nos presenteou com sua própria vida, seu próprio sangue e sofrimento, tudo isso para nos dar o direito de ter o livre arbítrio, paz e alegria, e nos deixou a mensagem para sermos generosos, irmãos, amáveis, bondosos, desapegados e, principalmente, unidos em seu nome. Ele nos presenteou com o presente, por isso é hora de agradecer as coisas boas que recebemos, de ver que as más poderiam ter sido muito piores e dar graças por isso, pedir por nós e por todos os que nos cercam para que sejamos agraciados e que, nessa próxima caminhada até o próximo aniversario do Menino Deus, possamos estar todos aqui novamente juntos, em um grupo ainda maior de pessoas gratas, dando graças novamente a mais um milagre.

Então, vamos deixar os sentimentos negativos de lado, as tristezas, as magoas, os rancores e, principalmente, deixar de sermos vítimas do mundo e de nós mesmos, pois se algo deu errado durante a caminhada, com certeza temos nossa parcela de cumplicidade e vamos tentar trocar o próximo passo de nossas vidas juntos. Vamos rir, brindar e comemorar com uma bela festa em nossos corações, em nossos espíritos e em nossas almas e festejar muito mais esse aniversário, uma vez que o presente que é o hoje, o agora, o Menino Deus já nos deu de graça e o presente, aquele que vem embrulhado em um lindo papel vermelho, é a sua amizade, o seu carinho, o seu amor, e este... é o meu presente para você.

É o que desejamos nós, do Blog O Bucaneiro, a todos os nossos visitantes, seguidores e parceiros.

Um Feliz Natal!



sábado, 20 de dezembro de 2008

Ontem presente



Saudade, inspiração, poesia...

A minha está na cor da tão pequenina e linda rosa
que recebi ontem de um querido coração.

Sentir saudade hoje
é vê-la desabrochar em outro tom...
Não ter mais nas mãos
aquele momento da recepção.
Não mais tocar, olhos nos olhos
a quem até ontem
presenteou-me com o presente,
o instante,
o carinho que guardei comigo,
a percepção,
o sentimento que ficou,
a poesia,
a saudade que deixou...

Sentir saudade hoje
é ter somente a sensação do cheiro do licor
derramado entre as folhas rabiscadas,
e mesmo que ninguém veja,
lágrimas sempre insistem em brotar nos olhos
toda vez que penso nas palavras dedicadas... ontem...

Jenny Faulstich
(08/12/2008)
* Menção Honrosa no Concurso de Poesia do 28º Jogos Florais de Resende, realizado pelo Grêmio Literário de Resende/RJ.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Inspiração

É estranho, ser este ser tão dotado de defeitos, de falhas.

De falhas na criação, de traumas de infância, de juventude, de adolescência, de puberdade e de adultério. Ou seria vida adulta? Adúltera talvez. E ao mesmo tempo ser visto como um ser que tem qualidades.

É uma confusão de sentimentos conflitantes entre o que ouço e o que leio vindo de alguns e o que ouço e o que leio vindo de dentro de mim, do meu ‘eu’. Seria esse o cara que todos chamam de alterego?

Se for, ainda não me fui devidamente apresentado, o que me leva a questionar se o meu alterego seria de repente, uma devassa?

Essa confusão de sentimentos de eu’s acaba por trazer essa vontade insaciável de escrever, de externar todos esses sentimentos. Sentimentos explicáveis, extremos, extensos, ternos, concisos e complexos, porém, no âmago, tão simples quanto o sorriso de uma criança, de um anjo de 5 anos de vida, que é tão sábio por entender que tudo o que se deseja pode se conseguir com um descomplicado, espontâneo e belo sorriso.

É a vontade de dar vazão a tudo o que me faz feliz, de exaltar a natureza em rimas e haicais.

É a vontade de dar vazão a tudo o que me faz triste, de mostrar a hipocrisia, a mentira, a corrupção em notícias, textos e críticas.

É a vontade de dar vazão a tudo o que me revolta, a falsidade, a inveja, a descrença, a perda de valores em livros, em crônicas.

É a vontade de dar vazão a tudo o que amo, as flores, as pessoas, a vida, a paz, a você em poesias, versos e prosas.

É a vontade de dar vazão a minha frustração comigo mesmo de não ter tido a coragem e a determinação necessárias para transformar o mundo em um lugar melhor, ou de dizer o quanto me frustro com a visão que tenho do mundo de hoje.

E é assim, entre sentimentos bons e os sentimentos nem tanto louváveis que tenho dentro de mim, que agradeço a você, minha inspiração

Você é a única responsável pelas inúmeras vezes que prefiro falar do amor, a falar das mazelas e é assim que percebo que você me tirou da escuridão do porão aonde me enfiei, da penumbra que assolava meu coração e minha alma e do crepúsculo da vida cotidiana e insana desse mundo agonizante e me deu a luz, a dádiva de olhar o mundo vívido e de me ver como um alguém de verdade sobre essa terra, não mais um fraco ou um fracassado, hoje eu saberia responder a pergunta que todos nós buscamos responder durante a vida e isso graças a sua devoção e crença, me vejo um poeta e sou um poeta, sem tendências, sem estilo definido é bem verdade, até porque declarar estilo é fazer parte de algo ao qual eu não pertenço, sem métrica a ser seguida como padrão de arte, simplesmente livre.


Edson Carvalho Miranda

8-12-2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Realidade subjetiva

Sabendo que você existe! Acordar, comer, viver,

passam a não ser mais o limite da minha existência.

Respirar torna-se algo mecânico em sua ausência,

pesa tanto no peito essa distância que a morte vira um fetiche.


Proibido, incestuoso, louco?

Louco, talvez fosse a melhor definição para os que amam.

Amor é a melhor tradução para os que realmente vivem.

Viver é perder os sentidos a cada vez que o amor nos toma.


Como resistir aos fetiches, a falta de limite e a vontade da presença?

Sem dançar com a loucura e correr o risco de dançar com a vida.

Sem pensar em acordar apenas para te ver dormindo.

Dormir apenas para entrar feito moleque travesso em seus sonhos.


E quem sabe sonhar! Sonhar seus sonhos, sonhar junto com você.

Que no próximo amanhecer, a vida nos trará o sonho!

O conto de fadas, onde o final seja apenas eu e você...

Felicidade!... Será apenas uma simples forma para nos descrever.


Edson Carvalho Miranda

5-5-2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Amante

Agora entendo o que significa o sentimento denominado de culpa.

Precisei achar novamente o amor, para saber exatamente o que é! Sou culpado por amar a quem não pode ser amado, por amar além de todos os conceitos, além do certo e do errado, além de mim, por amar quem já é amado, amar quem já ama!

Mas como isso seria errado se o meu amor é correspondido?

Quem ama tem culpa, quando erra por amar?

Mesmo que não, me sinto culpado!

Amo e sou amado, é verdade, de verdade!

Não posso e não devo mais admitir essa situação, essa condição, só não sei é se consigo.

Se difícil é ser traído! Pior é ser o objeto de uma traição!

Contudo, meu coração, não sabe o que é razão, certo, coerência, errado ou verdade, simplesmente ama, livremente ama, descomplicadamente ama, aventureiramente ama, clandestinamente ama, furtivamente ama!

E é tão espontâneo, que assusta, tão verdadeiro, que me sinto muito mal em saber que sou talvez o único culpado, pala infidelidade de alguém, todavia, não tenho arrependimentos, e a única sentença justa para mim seria a morte, por não ter o direito de viver tal sentimento. E ao ver pelo espelho, nossos corpos molhados,

ofegantes,

amados

amantes!

Condenados a não viver juntos e a esconder esse amor, ah, vontade de morrer! Mas isso não me libertaria desse amor, liberdade seria então conseguir ficar longe, uma vez que sou humano, fraco, não agüentaria a distancia e assim sendo, como ficar perto sem que o sentimento de culpa, de sujeira no corpo, na dignidade e até na alma não seja uma sentença diária?

Loucura!

Quando foi que apagaram a palavra amante do dicionário?

E quanto foi que essa palavra se tornou algo bom, desejável?

Somente os os tolos, os poetas, que não imaginam quão grande é o sofrimento de um amante desejariam saber o sentido e a intensidade dessa palavra, que nos condena a passar os dias vivendo de lembranças dos rápidos momentos de vida, de prazer.

Sua voz, você, minha consciência, meu inconsciente.

Dependência!

do verso que é o seu olhar

da poesia que é o seu corpo

da música que somos nós

da sinfonia que é o nosso clandestino amor.

Insanidade!

Loucura dos que amam, que me dá a vida! Fico passeando, e passando pela sua vida.

Devassa!

Vida? Quando começarei viver a minha?

As coisas tomam rumos errados, e por mais errado que seja esse amor, jamais o deixarei de sentir, jamais morrerá, viverá aqui em nosso leito,

no lado oblíquo do meu peito.

É injustificavelmente pecaminoso, igualmente intenso, absurdamente estranho.

Quero os dois mundos,

quero todos os mundos ao mesmo tempo,

com a mesma intensidade,

o mesmo respeito,

o mesmo ciúme,

com a mesma dor;

dor, que é ver você vivendo a sua cotidiana vida, longe do nós, longe desse clandestino sentimento.

Doente!

Essa talvez fosse minha melhor descrição, uma vez que a paixão é uma doença.

Insano!

Pensamentos e desejos insanos, é o que tenho, é o que sou agora!

Não é justo com você, não é justo comigo,

não é justo com nenhum de nós, os envolvidos!

Mas quem disse que o amor e vida são... justos?


(O projeto inicial desse texto deu inicio a poesia "Devassa".)


Edson Carvalho Miranda

03-12-2008