sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Vitimas de uma bailarina.

Dor, consternação, revolta e emoção,
solidariedade ante a maldade
de um crime sem perdão.
Sociedade covarde
justiça sem comando
mundo sem direção.
Abandona as crianças
gera violência sem explicação.

Choro, raiva, trauma, união.
Todos em uma só voz,
uma só oração.
Pedindo paz ao mundo,
preservando a vida de um irmão.

Vida! Bandida, banida, agoura!
Finita em apenas uma ação,
declina sobre o concreto
o corpo, da progenitora
com o estampido
seguido da explosão.

Lá vem ela, sempre linda!
Sambando, girando
como Arlequim na avenida.
Brilhante, traçante e até colorida
Riscando o céu cortando o vento
destruindo a família.
Não escolhe crença, raça ou cor,
amarelo, branco, pardos ou indígenas
Disparada, a esmo são sempre mal vindas.
Letal como as palavras,
abre ferida,
causa dor e retira a vida.
Mais uma vez infelizmente
caiu ao chão mais uma vítima de
bala perdida.

Edson Carvalho Miranda
23-12-2008

(Este pensamento foi feito em sinal luto, homenagem, respeito e revolta para lembrar o fato que retirou a vida de uma mãe, esposa e cidadã respeitada e querida da cidade de Resende.)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Pensando bem!

A democracia e a liberdade são como uma droga!

Viver sem ela é impossível, na dose certa é o remédio, na dose errada não faz efeito e a overdose pode matar.


Edson Carvalho Miranda

28-01-2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ciclos

O amor, assim como a brisa, chega de forma inesperada, no dia mais improvável e sem que se perceba essa brisa passa a ter uma importância vital, assim como a água ou o próprio ar. Essa brisa acaba se fortificando em trocas mutuas de energia, de bem querer e, com o passar do tempo, estimulada e apoiada em bases fortes de compreensão, carinho e respeito transforma-se em um vento que invade a abandonada casa e retira a poeira e, embora traga algumas folhas secas há muito já esquecidas, torna-se ainda mais vital. A natureza mostra se perfeita em tudo e, de tão perfeita, não deixa que nada seja perfeito e uniforme, justamente para que exista sempre as sensações de novidade, de falta de chão e o sentimento de se atirar ao vento, que rapidamente se transforma em tempestade, arranca as folhas, trás a chuva, a insanidade e, meio da fúria do tufão, encontramos a felicidade que, com a força de um furacão nos arremessa ao fundo do abismo e, ao mesmo tempo, nos ascende ao paraíso. Como querubins bailamos sob a melodia harmoniosa da paixão em rompantes devaneios de sobriedade.

E lá vem o sol, o arco-íris, o recomeçar que nos obriga a mudar que nos leva a evolução revelando a vida, trazendo a seca, a queda no deserto, que nos mostra o marasmo das seguidas ondas de calor e o ritual monótono do balé das areias que vão, tediosamente, de um lado para outro trazendo a lembrança do que se foi e o desejo de novamente o ciclo recomeçar. Tudo são faces do mesmo amor, que já fora tempestade, paixão! Imprescindíveis são discernimento e compreensão, para não se prender ao passado e fazer dele um espelho, espelho mágico! Para o futuro! E projetar do futuro uma reação no presente e novamente deixar a brisa da vida recomeçar seu ciclo. Confiar na natureza e no imortal, na alma, no espírito e dar mais uma chance para a vida e o amor. A calmaria logo se vai e a tão esperada tempestade volta, com ela o sangue a pulsar forte nas veias levando assim, mais uma vez, do cantinho a areia.


Edson Carvalho Miranda

25-01-2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

“Conflexo”

Lá se foi

a maldita embriaguez,

trazendo essa insuportável lucidez.

É chegada a minha hora

de voltar ao mundo real, outra vez!


De volta, a minha insana realidade,

onde você é apenas a lembrança

de um pesadelo distante,

uma mulher inatingível,

um sonho inalcançável,

valioso diamante.


Quisera, pudera ficar louco de vez.


Tão bela a ilusão

de habitar um coração,

sonhar com o impossível,

abandonar a solidão

para viver essa tórrida paixão.

Explodam as convenções

e as regras sociais

amo você,

gostem ou não

te esquecer, jamais!


Noites românticas, aventuras e fugas

desejo proibido

amor feito nas ruas

excitado pelo perigo

o calor do beijo

no arrepio do gemido,

sonho de mulher,

insaciável a libido

enlouqueça, e venha!

Venha viver e morrer comigo.


Edson Carvalho Miranda

24-01-2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Desabrochar da esperança

As flores não desabrocham somente das plantas,
algumas saem da inspiração do poeta,
outras da imaginação da criança.
E você de um milagre que a vida nos entrega,
uma flor que reluz o brilho intenso da esperança.


Edson Carvalho Miranda.
13-11-2008

Colheita




Quando desejar uma poesia,
Venha! .
Busque no pé.
Colha na hora!
Tome-a em meus lábios.


Edson Carvalho Miranda
20-01-2009


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Esquecida

Meu tempo já está acabando
e eu nem comecei,
nem me inspirei
e já estou sendo esquecida.

Não importam as feridas
não importam as alegrias
porque meu tempo já está acabando
e eu nem comecei,
nem me inspirei e
já estou sendo esquecida.


* Jenny Faulstich

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Fotografias da Vida

Poucas palavras
dizem mais sobre o amor
do que mil imagens.

Em todo o seu resplendor,
fotografias vívidas
da vida ao vivo.

Reminiscências do que vivo,
sinto e vejo,
assim por meio de suas palavras,
poucas palavras,
me despertam o desejo.

Vejo uma imagem
de cumplicidade e amor.
Entre a máquina e doutor.

Diante de tantos sentimentos
desejos e afinidades
que desenham com pétalas,
cliques, gestos,
cores e licores.

Retrata assim
as mil formas
existentes de amores.

Sentimentos desvairados,
exacerbados, exagerados
disparados ao coração
ao clique do dedo.

Fotografia em macro
que revela-se ao toque
na flor da pele
com carinho e ternura.

Em uma imagem fúlgida
congelada, petrificada
de uma aventura insólita
repleta de emoção
guardada na órbita
da lente do meu coração.

(Homenagem ao dia dos fotógrafos)
08-01-2009

Edson Carvalho Miranda
31-12-2008

domingo, 4 de janeiro de 2009

Morte, um trema de poesia.

É engraçado como só passamos a dar valor às coisas depois que as perdemos! É redundante, mas verdadeira essa afirmação, mesmo que essas coisas não nos sejam exatamente familiares ou bem quistas. Com os advindos da norma inicialmente determinada pelo acordo internacional de países de língua portuguesa e, posteriormente, a lei sancionada pelo executivo brasileiro transformando o Brasil no país precursor do bloco lingüístico a alterar formalmente sua grafia, é que me dou conta que perdemos algo, que ficou um espaço vazio em algumas palavras, poeticamente falando, que fazem parte de nossa historia e que até agora faziam parte de nossas vidas. Analisando, já com saudade, vejo que o trema nos remetia a elegância gélida da língua de Goethe, principalmente para os autores que tinham o prazer de serem extremamente formais em suas obras. Não digo que como estudante terei saudades dos acentos, hífens e principalmente do trema, mas confesso que como poeta sentirei uma certa nostalgia ao criar, pois perdemos a sobriedade do tom distinto e força visual que algumas palavras com o trema nos traziam.

E, para marcar a despedida oficial do trema, criei essa prosa poética.


O seqüestro do trema


Doravante qual a conseqüência

para a ortografia da abstinência

de um sinal lingüístico

antiqüíssimo, charmoso e místico?


Inexeqüível é expressar

de forma esférica e eloqüente um tema,

sem a pompa e a circunstancia do trema.


Argüir ou asilar essa

delinqüência ortográfica,

iniciada com um tratado

objetivando extinguir a ambigüidade

lingüística, incentivando

a união entre os povos

de língua lusitana.


Iniqüidade inconseqüente,

como miragem forjada em brasa ardente,

imposta por força de lei

firmada pelo eqüitativo presidente,

com visão grandiloqüênte

olhando a lusitana gente

objetivando aproximar

eqüidistantes continentes.


Edson Carvalho Miranda

04-01-2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ao melhor estilo brasileiro

Vamos começar o ano sorrindo...

Na sala de aula o professor pergunta para a Mariazinha:
- O que significa a formula H²SO4?
E a Mariazinha...
-eu sei.. eu sei... tá aqui professor na ponta língua...
O Joãozinho mais rápido dá um tapa da cabeça da Mariazinha dizendo:
- Cospe, cospe que é acido sulfúrico.