terça-feira, 31 de março de 2009

Riscos e rabiscos


Riscos e rabiscos, sentidos na alma,
turbilhões de palavras,
caindo, jogadas ao vento e sobre a folha
amante que me acolhe,
e cesse com a sofreguidão.
Cortes e recortes, que sangram.
Sentimentos, emoções queridas ou não,
todas transbordando de um mesmo coração.
Riscos e rabiscos da face que retine
da mente para a visão,
riscos e rabiscos do contorno do dorso
e do rosto sofrido e cansado daquele
que escolhi para controlar essa
dolorosa vazão.

Alessandra P. Negrini
Edson Carvalho Miranda
(31-03-2009)

sábado, 28 de março de 2009

Feridas

Feridas,
as feridas abertas em um coração sempre se fecham,
mas nunca se cicatrizam!
De forma sempre a deixar uma marca latente,
incomodamente latejante
quando sentimos a presença de um sentimento picante.
As feridas do coração não se fecham com nosso desejo,
ou de outrem, em sermos melhores.
Elas servem como alertas, lembranças,
para que em nossas próximas andanças,
possamos com muitas esperanças
buscar a felicidade
sem nos machucar.

(Feito para uma pessoa muito especial)

Edson Carvalho Miranda
2-03-2009

Sonho devasso

“Brisa,
Flor,
Jasmim,
Anjo,
Sonho,
Encanto,
Linda,
Doce,
Menina,
Pimenta,
Vida,
Alma.”
Mulher insinuante, envolvente, quente.
Depravada que goza e gosta de poesias de rosas.
Onde a rosa não grita é emudecida. Muda
Almeja que seja desnuda
Agarrada, usada, despetalada,
degustada, cheirada, beijada,
jogada e coberta sobre a cama,
pelos nossos cáusticos corpos
que se entrelaçam uma
lúbrica coreografia
de desejo e volúpia.

Edson Carvalho Miranda
28-03-2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Salve! Um imortal.

Salve, salve! Personalidade honrosa.
Haia, onde reluziu o sol inca, onde voou a águia maia.
A inteligência congregada com a sabedoria.
A doçura recitada em versos,
à vida contada em poesia,
à oratória elucubrada em prosa,
Salve, salve!
Salve o imortal Ruy Barbosa.

Edson Carvalho Miranda



Ruy Barbosa ( Águia de Haia)

advogado, jornalista, jurista,

POLÍTICO, diplomata, orador,

pensador, poeta entre outras coisas.

(1849 - 1923)



quarta-feira, 11 de março de 2009

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Mulheres

Não fiz no Blog, nenhuma homenagem ao Dia Internacional das Mulheres! Me deu um sentimento de culpa! Porém, inspiração é uma coisa que nunca podemos contar com ela. Ela vem quando menos esperamos, alguns dias antes, ou outros depois! Minha inspiração ficou limitada diante do difícil dilema de como fazer uma homenagem para seres que deveríamos homenagear e tratar como rainhas todos os dias.
Todos os homens, desde o mais poderoso ao mais simples e humilde, do mais viril ao mais sensível, do mais hetero ao mais homo, são amantes inveterados de, ao menos, uma mulher, ou de várias, alguns iluminados de todas. O problema fica mais em se assumir isso, assumir que são melhores em tudo, até em assumirem o que sentem.
Como não amá-las? Como não amar a vida que significa a própria vida, a representação e a personificação do milagre que é o poder de conceber o milagre que nos tráz e nos mantém neste mundo?
Dar a luz, educar, curar, trabalhar e, na maioria das vezes, fazer isso de uma só vez, sem muita ou qualquer ajuda. Além de tudo, ter que ser mulher! Encantar, deixar o ar mais leve, o dia mais feliz e iluminado, dar a vida as cores vibrantes da flor e o tempero picante do amor. Queria eu ter a inspiração para dimensionar o que sinto e o que gostaria de falar, mas como não consigo,
resta apenas oferecer-lhes essa pequena e singela flor.

Edson Carvalho Miranda

Adeus


Hoje acordei e não senti aquela dor
harpia que há tanto tempo me consumia.
A dor se esvaneceu aos primeiros
tons róseos do alvorecer, deixando infiltrar
suavemente, docemente, a felicidade
de viver.

E foi embora, levando também a desesperança, prima da dor,
que se aninha no coração de quem ama e sofre por amor.

Agora consigo ver as coisas que a dor me impedia,
não só o que estava ao meu redor, como o
desabrochar das flores, o vôo dos pássaros e o bater de
asas dos beija-flores, mas
tudo aquilo que estava dentro de mim,
as
mil coisas que ela, a dor, lá colocou,
mascarando as verdades e iludindo o meu coração,
as loucuras do medo da solidão,
a solidão do medo de sentir a dor
e não ter uma mão, a sua mão...

Ahhh, solidão! Abandone a mim, abandone meu coração...
Adeus dor, agora vou pensar só na vida!

Chega de dor, quero o meu bem querer.
Quero me encher de esperanças, reaprender a viver!

Alessandra P. Negrini
Edson Carvalho Miranda
(09-03-2009)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Borboleta aprisionada

...de que adianta ser livre ter asas suaves e
frementes e não voar livremente onde a
imaginação permitir e o coração guiar, pedir!
Aprisionada pelo casulo que não se
desmanchou com a chegada dos primeiros
raios de sol da primavera, cujos raios cálidos
e ardentes não me libertam para voar!

(...)quando a liberdade finalmente me contemplar
voarei com os ventos, navegarei com as ondas,
rumo ao meu norte e lá, na ilha do sol,
ele estará a me esperar com as pétalas desfolhadas
da primeira rosa, da primeira flor molhada
pelo orvalho que nada mais é do que as minhas lágrimas
vertidas em nome deste amor.

Alessandra P. Negrini e
Edson Carvalho Miranda
04-03-2009