sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entrega




Entrega


Demasiado tarde eu percebi
que foi a ilusão de uma poesia
que se embriagou num sonho meu.

Bebendo o doce vinho do parnaso
a fantasia se transformou em realidade
e o sonho acordou na plena sedução.

Demasiado tarde eu percebi
que escreveste um poema em minha pele,
porque eu senti então nas palavras
o sabor do amor em cada letra!

Poesias sensuais em grafias primitivas
escritas com bárbara paixão
seguindo os caminhos de rituais selvagens
numa composição de volúpia e prazer.

Trilhas que queimaste com os dedos teus
assim como incendiaste a seda que me cobre
desvendando assim todos os meus segredos.

Com minhas mãos oníricas e desejosas
sedentas do teu corpo em lavas de vulcão
cobri tua pele com sinais de delicias.

Nessa entrega total eu percebi
que eras o vento que açoitava a minha face
entrando pela porta da poesia!


Lully e Domfiuza.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Amor, paixão e desejo



Amor, paixão e desejo


O amor disse: eu sou poderoso!
Faço o mundo girar e acontecer,
Sem mim ninguém pode sobreviver
Porque eu domino majestoso,
Faço o coração ser amoroso.
Proporciono encontro de casais
Juntos almas e corpos casuais,
Nessa vida do sonho faço amor
Por mim tudo vira um esplendor,
Nessa chama eterna faço a paz.

A paixão disse loucamente,
Viver apaixonado é um risco,
Penetra nosso corpo tal corisco
Precisa sentir urgentemente
Porque vai embora de repente.
Tolhe completamente a razão,
Deixa ofegante o coração,
Onda gigantesca que domina
Te joga pro alto, repentina,
Por isso arrebata a paixão.

Na paixão e no amor há o desejo,
O que faz essa boa conjunção
Unindo amantes na sedução,
Não se resolve só com beijo
Explode célere num lampejo.
Se doando e perdendo a calma,
Envolvendo até a própria alma,
Quando o fogo brilha nesse olhar
O corpo não consegue segurar,
E o desejo nunca que se acalma.

Um grande amor para ser completo,
Precisa ter paixão e loucura,
Carregado sempre com ternura
E ser de parceria, tão repleto,
Tornando-se anseio predileto.
Necessita, desejo e carinho,
Adentrado por um torvelinho,
Juntando todos os sentimentos,
Aproveitando esses momentos
Comemoram com taça de vinho.



By Lully e Domfiuza

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A antítese de mim mesmo



A antítese de mim mesmo


Autor: Daniel Fiúza

16/09/2010



Não! Eu não sou esse q’eu mesmo penso.
Sou minha antítese diante do espelho,
Pareço à sombra do que me assemelho,
No próprio abismo que parece imenso.

Sou só apenas o meu tempo que venço,
Querendo o azul quando estou vermelho,
Seguindo a rota de um bom conselho,
No fio tênue de um ardil bom senso.

O que pareço oculta mil segredos
Da realidade que o poeta esconde,
Quando me perco nos meus próprios medos.

Quero mudar, mas eu nem sei pra onde.
Estão perdidos em mim velhos enredos
Que só o meu passado me responde.