quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Amigos do “WC”

Pois é! Passei a vida toda tentando descobrir algumas coisas complicadíssimas sobre a terra, sobre o homem, sobre a mulher (o orgasmo então nem se fala), sobre o início de tudo, onde estamos, para onde vamos, quem somos e o que existe depois de tudo isso.

Até que um dia desses praticando filosofia etílica ou “de botequim” com um grande amigo, chegamos à conclusão de que buscávamos muito mais da vida do que poderíamos ter ou até mesmo entender. Sim, é verdade! Imagine só que depois de dissertarmos acerca da criação do universo, do orgasmo feminino (e não chegamos a nenhuma conclusão que possa ser levada em consideração), passamos pela existência divina, concluímos que Elvis não morreu (ou morreu?), enfim nada disso importa muito!

O que de fato importa é que descobrimos que não sabíamos o significado da sigla “WC”, o que até então sabíamos é que universalmente indica banheiro, louco isso não? Sabemos para que merda ela serve, mas não sabemos que merda ela significa. Cheguei a pensar até em uma piadinha: “Descobri que não sabemos de merda nenhuma!”, mas resolvi não comentar, por muito medo de perder o abacaxi cheio de vodka, ou melhor, de perder o amigo.

Se juntar os vinte e muitos anos do meu amigo e mais uns vinte e tantos outros muitos meus, lá se vão mais de 60 anos da mais pura ignorância sobre as coisas simples da vida. E isso me fez repensar toda a minha vida e relembrar das coisas simples que me deram muita felicidade, como por exemplo, que passei boa parte dessa ignorante vida, procurando saber o coletivo de sapo. Agora me dou conta de ter procurado por muito tempo o substantivo, mas que passei momentos agradabilíssimos junto à família e amigos, pois cada vez que o assunto vinha a tona ríamos muito com as diversas opiniões erradas e distorcidas acerca do assunto. Pois era exatamente essa descontração que trazia a sensação de leveza no espírito e felicidade.

A parte engraçada é que só me lembro de quando descobri a solução desse doce problema, porque a pessoa que me falou, fez com que a solução da minha dúvida fosse especial, pois se não fosse assim eu já teria esquecido, assim como esqueci aquela “maldita” regrinha, da qual os professores se aplicaram por diversas vezes a ensinar-me. Uma em que diz que alguns substantivos coletivos são compostos do substantivo mais o sufixo “ria”, ou algo parecido.


“Que meus professores nunca leiam este texto.”


De tudo, vejo hoje que sonhei em ser feliz com as coisas grandiosas e fui surpreendido pela vida com as mais singelas, pois a felicidade não está no fim, ou no resultado, está no caminho que percorremos.

Depois de muito pensar, sobre os dois ocorridos e praticar muita filosofia etílica individual e também grupal envolvendo todos os participantes na questão, percebi que se hoje descobri que não sei merda nenhuma dessa vida, eu agradeço aos meus grandes amigos. Percebi também que, se vou aprender mais alguma merda nessa vida, de agora em diante, eu também vou dever isso a eles. Tendo aprendido toda essa merda, e se é que merda tem algum lado bom ou existe merda no bom sentido! Aqui termina mais uma pequena e feliz jornada da minha vida ao descobrir o significado da sigla “WC”. Agora sei que outras caminhadas virão, assim como também virão novos amigos, afinal esse é o grande mistério da vida, o ciclo, a cada dia aprendendo uma merda nova, mas que fazem toda a diferença para ser feliz.

Eu já ia me esquecendo de esclarecer sobre o que me levou a escrever essa merda toda. “WC” significa: juntar seus amigos em uma grande roda, perguntar coisas como as que aqui foram descritas e dar muitas risadas.


Então meu conselho é : Aproveite e viva os momentos felizes dos quais a vida é composta e pare de buscar coisas grandiosas, felicidades utópicas ou baseadas em sentimentos alheios e bens.


Quanto ao “WC” pesquise no Google ou pergunte aos seus amigos, quem sabe você não consegue dar boas risadas, assim como todos os que participaram dessa caminhada comigo.


Edson Carvalho Miranda

11-11-08


Agradecimentos:

A todos os amigos que viveram essas experiências junto a mim e aos colaboradores dos blogs “Realidade a Varejo e O bucaneiro”, que a cada dia fica mais a cara de todos nós, navegadores e bucaneiros do conhecimento e desse gigantesco mar digital.

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