
Saudades, nostalgias, lembranças que não são as minhas.
Dores e dissabores de partidas... Tristes vidas!
Coisas do amor, coisas do meu amor!
E ao sentir a sua falta,
a falta do meu calor esquentando o seu frio,
Sinto também um nó, um engasgo na garganta
uma pressão incessante no peito,
a transpiração fria nas mãos precedida daquele conhecido arrepio,
de quando sentimos frio no calor e calor no frio.
Arrepio das coisas da divina providência,
Quando o detentor da onipotência me proveu você.
Com toda a sua plenitude cessando a minha carência.
E foi assim, longe de você,
Introspectivo e mais perto de mim, que finalmente descobri!
Que você é o meu calor.
Que você é o meu amor.
Que deixei de ser pintor.
Para virar seu “beija-flor”, ou seu mais devotado escritor!
Trago-lhe nessas malfadadas linhas
a personificação do sentimento provindo desse nosso ardor,
como o frisson que de forma estranha,
nasce e cresce no coração e vai se espalhando pelas entranhas;
Do meu ser dentro de você.
Assim e só assim eu reaprendi a viver!
E assim, e somente assim Ana Paula, eu amo você!
Edson Carvalho Miranda