sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SABOR DO AMOR


Entrei pela porta da poesia,
deixando para trás a luz da lua cheia,
a noite ainda se despia
e eu a vesti com um poema.

A nua fantasia olhava-me
impúdica, sorrindo aos meus desejos,
abria-me botão por botão
deixando aparecer as rimas.

Acariciando a pele aveludada,
entre as dunas da nudez
o coração canta seus versos,
em cascatas de prazer.

És tu que escreves na minha pele
o poema com olor de alfazema,
e o meu corpo se afoga perfumado
no sabor do amor com todas as letras.


Lully

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