quarta-feira, 5 de novembro de 2008

DEVASSA

Você me inebria, enlouquece,

E como uma puta, que desfruta a profissão, gozo!

Quando juntos me sinto uma devassa

Querendo ser tomada com voracidade e loucura

Venha, meu Dionísio, Baco, Eros me toma como tua

Beba-me feito uma taça de veneno ou de vinho tinto.

Desliza pelo meu corpo, destila seu denso gozo

Toma-me, mas com a dose certa de amor e maldade

Com a dose certa de carinho e virilidade

Mas erre! Erre sempre, erre para mais

Erre nas doses de loucura, amor e paixão

Esqueça que é um poeta, meu homem

Ares, Apolo, Zeus

Adeus sonhos, fantasias, ficção

Ame-me ao vivo, viva em meu colchão.


Edson Carvalho Miranda

28-10-2008


7 comentários:

Franca Leal disse...

Estás no meu olhar que se perde na multidão...
Por esse sentimento involuntário te peço perdão.
Pelo desejo intenso que me dói no corpo,
peço de tua compreensão somente um pouco,
o suficiente para que possa me devolver o fôlego,
ou o dobro para satisfazer tão carnal anseio
e que finalmente possa repousar em meu seio,
desavergonhado, saciado, bem acompanhado.

F.Leal (Ou...)

Unknown disse...

A devassidão humana pela nudez da carne, do corpo
é justificada pelo nosso instinto primitivo,
pela nossa genética.
É natural.
Preocupa-me a devassidão do caráter
Do coração
Do espírito
Da alma humana.
A luxúria, bem como toda nudez!
Será perdoada pelos que amam livremente.

Anônimo disse...

Fantástico!!!

Anônimo disse...

Queria poder encontrar essa devassa!!!

Lully disse...

...sem palavras...e mesmo que as encontrasse não poderia conseguir expressar a força da sua poesia!
Parabéns???? é uma palavra tão banal, mas é a única que me vem à mente...

Alé

Unknown disse...

Nossa, realmente é de tirar o fôlego !!!


Anônimo disse...

Muito bom o texto.

parabéns!!